Com Imagem de: Ricardo Alves
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Meia noite de uma vida inteira sem dormir
A meia luz de uma lua cheia eu reflito
Sobre o que poderiam ter sido os meus dias
Se eu não me esquivasse tanto do sol
Eu não teria essas olheiras de vida mal vivida
Eu teria mais sombra
Para dividir comigo as responsabilidades do corpo...
Meia noite
E as lembranças são seres indesejáveis
Saindo debaixo da cama em que o passado dorme
Para me assombrar
Ah, como é leve o sono do passado
E quanto lixo ele acumula debaixo de sua cama!
Mas os grandes olhos da noite são ternos e consoladores
Imensos olhos vigias de mãe
Que me observam por detrás das cortinas
Olhos que não se fecham enquanto o filho não chega
Enquanto o filho não dorme
Doces e complacentes os olhos da noite!
Confortam-me
Protegem-me
E enfim adormeço...
[Anderson Lopes]
A meia luz de uma lua cheia eu reflito
Sobre o que poderiam ter sido os meus dias
Se eu não me esquivasse tanto do sol
Eu não teria essas olheiras de vida mal vivida
Eu teria mais sombra
Para dividir comigo as responsabilidades do corpo...
Meia noite
E as lembranças são seres indesejáveis
Saindo debaixo da cama em que o passado dorme
Para me assombrar
Ah, como é leve o sono do passado
E quanto lixo ele acumula debaixo de sua cama!
Mas os grandes olhos da noite são ternos e consoladores
Imensos olhos vigias de mãe
Que me observam por detrás das cortinas
Olhos que não se fecham enquanto o filho não chega
Enquanto o filho não dorme
Doces e complacentes os olhos da noite!
Confortam-me
Protegem-me
E enfim adormeço...
[Anderson Lopes]