A intuição cega a razão
Como o olfato confunde o paladar
O gosto nem sempre faz jus ao cheiro
O sexto sentido não serve como instinto
Não sou quem desejei dez anos atrás
Tão pouco digo o que ensaiei há dez minutos antes
Os sonhos guiam a vida
E a realidade a desvia
Pintei São Paulo com olhos imaginativos
Controversa arte feita de anseios
E aspirações diluídas em tinta barata
O real desbota o quadro
Frustra o artista
Poda as suas asas
Sim, Waly
**O real é oco, coxo, capenga.
O real chapa.
A imaginação voa...
[Anderson Lopes]
** Trecho do poema "Persistência do Eu Romântico", de Waly Salomão.