Dormi brisa
Acordei furacão
A abalar as estruturas
E a arquitetura da cidade
Com mãos que tudo empurram
Com pés que nada esperam
Dormi calmaria
Acordei tempestade
O céu me obriga a falar
E a minha voz é de trovão
Os meus olhos se fecham como nuvens que se chocam
Ao chorar ,torno-me chuva
E choro
E chovo
Dormi seca
Acordei garoa
Antes areia
Agora asfalto
Dormi Bahia
Acordei São Paulo.
[Anderson Lopes]