Dormi brisa
Acordei furacão
A abalar as estruturas
E a arquitetura da cidade
Com mãos que tudo empurram
Com pés que nada esperam
Dormi calmaria
Acordei tempestade
O céu me obriga a falar
E a minha voz é de trovão
Os meus olhos se fecham como nuvens que se chocam
Ao chorar ,torno-me chuva
E choro
E chovo
Dormi seca
Acordei garoa
Antes areia
Agora asfalto
Dormi Bahia
Acordei São Paulo.
[Anderson Lopes]
Arrisco-me a dizer que foi um dos poemas mais bonitos que li, aqui no seu blog.
ResponderExcluirTens uma forma muito tua de escrever poesia, que me
fascina.
Parabéns e um óptimo dia para você!!
Abraço:))
bela troca de palavras aqui no seu blog!
ResponderExcluirfinal muito bom.
muito bom mesmo.
seguindo aqui.
abraço!
PUTA QUE PARIU!
ResponderExcluirSério,
esse aí foi com certeza,
o meu preferido!
metamorfose sonhada: essencial para não enlouquecer.
ResponderExcluirQue palavras fortes, que durmas sempre, se te transformares nesta beldade de paisagem descrita, que durmas sempre*
ResponderExcluirEspero pela tua opinião,
Pensando com Arte.
Troca de palavras que me tiraram o fôlego e ,
ResponderExcluirpor outro momento me enxeram os pulmões..do mais pura ar de poesia
Parabéns.
Explêndido!!
http://aspirantesapoetasurbanos.blogspot.com.br/
cara eu to me sentindo assim mesmo!!!
ResponderExcluirgrande texto...
Belo,expressivo e muito bem sacado o poema, parabéns!
ResponderExcluirCaro Poeta Anderson, nada como um dia depois do outro com uma boa noite de sono no meio, acontecendo a metamorfose de brisa para furacão...assim é a vida. Somos tempestade de emoções, dúvidas, lutas, partir, transformar..."e choro/ e chovo" (lindo demais, quase eu). Somos frágeis, maleáveis como a areia e sólidos e duros como o asfalto, que trilha caminhos, destinos, quem sabe Bahia, quem sabe São Paulo, quem sabe dentro de mim. Belíssimo poema.
ResponderExcluirps. Meu carinho meu respeito meu abraço.
Meu amigo, que saudades eu mantive encarcerada em meus olhos deste teu blog... hehe... Nem findei minha monografia, terminei voltando ao meu lar, aos versos. E aqui é como se fosse uma cozinha, venho me abastecer e saio sempre satisfeito, mas com vontade de voltar! Parabéns pelo belo restaurente de palavras! :D Acho que estou melhor que você, fui dormi como SP e acordei como João Pessoa... bem tranquilo. rsrs.. Abraço!
ResponderExcluirAcordou com tudo!!
ResponderExcluirPassando para uma visitinha!
Saudações,
Carla Fernanda
Cara, beleza esse lance do conflito entre a natureza e as mãos do homem.
ResponderExcluirVim desejar-lhe um feliz final de semana!
ResponderExcluirAbraços, meu amigo.
Acordo São Paulo todos os dias. Mas o céu cinza esta começando a clarear.
ResponderExcluir#Chegou mesmo hein! Chegou tanto em São Paulo que ele chegou na sua poesia!
Muito bom!
ResponderExcluirPerfeito:
ResponderExcluir"Dormi brisa
Acordei furacão"
Belo.
Ja te seguindo o aguardo la no meu
canto em vermelho.
Bjins entre sonhos e delírios
Adorei o final, me lembrou uma música do Caetano Veloso. Achei genial.
ResponderExcluirpoema com cada palavra fisgada, o que torna o sentido tão especial ;)
ResponderExcluirEntre brisa e furacão,
ResponderExcluirgaroa e tempestade,
Bahia e São Paulo,
ha sempre uma doce amarga possibilidade.
Muito bom, Anderson!
ResponderExcluirGostei do jogo com as palavras, com a cena e com os sentimentos, que estão transbordando neste texto...
[]ss
Nessa de dormir e acordar, podia ter um sol no sonho. Daria para formar um arco-íris.
ResponderExcluirquantas vezes se dorme acordado?
ResponderExcluirtalvez as mesmas vezes que se vive dormindo...
beijo
Você com certeza, é um dos melhores...
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