14 de maio de 2011

Sóbrio

Nenhuma dose
Nenhum trago
Insuportavelmente sóbrio
Nenhuma pílula para aliviar
Nenhuma arma para descarregar
Nenhum abrigo para eu me refugiar
Nenhum sentido
Nenhum inimigo
Para me desafiar
Nem mesmo uma segunda cara
Eu tenho para disfarçar.

[Anderson Lopes]
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2 comentários:

  1. Alvarêz Dewïzqe14 de maio de 2011 às 22:24

    Cara, pelo menos um trago para encarar a ordinariedade do dia-a-dia.

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  2. F. Carolina11 de abril de 2012 às 16:36

    Nem mesmo uma segunda cara... essa deve ser a pior das abstinências.

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