27 de janeiro de 2015

A Noite



A noite me beija com seu hálito fresco
E me envolve em seu encanto pagão
Negra
Nua
Inebriante cortesã do ébano
A escancarar a vastidão do seu sexo
Por entre as esquinas
 
Pura
Crua
A lua é uma pérola entre os seios
A contemplar sua nudez
 
A noite
Numa sedução que me entontece
Embriagado dela
Eu perco o juízo
A manhã virá me encontrar caído
Sonolento de prazer
 
[Anderson Lopes]
 

2 comentários:

  1. Caro poeta Anderson, sofro de insônia, e acho que a partir desse poema verei com outros olhos a noite... descreves quase uma relaçaõ com a noite, que transformada em pessoa desce até tua cama para te ninar e te fazer sonhar, como deve ser ao dormirmos. Um poema muito enebriante como uma noite de profundo sono e sonhos. Viva a poesia, viva a tua poesia.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  2. tá um verdadeiro show este blog, muito rico na condução de palavras e idéias brother!!!
    tomara que este ano vc post muito...

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