6 de maio de 2013

Só Quero de Ti



O meu corpo pequeno
Não almeja grandes espaços
Eu só quero de ti um pedaço
Um buraco tão vazio quanto eu
Para me enterrar

O meu corpo inerte
Não exige o teu movimento
Eu só quero de ti um acento
Um encosto tão parado quanto eu
Para me apoiar

O meu corpo frágil
Não anseia a eternidade
Nem vai de encontro à morte
Eu só quero de ti a verdade
Sangrando intensamente em meu corpo
Como um profundo corte.

[Anderson Lopes]

17 comentários:

  1. Bom ritmo!

    E desejos que são tão pouco e ao mesmo tempo são "Tão"

    Aquele abraço

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  2. Uma semente tão singela desejando transformar-se numa árvore tão frondosa...

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  3. Ironia essa nossa busca, no outro, do que, em nós, não se apropria...

    Lindos versos!

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  4. Verdade? "O que é a verdade?". Não te lembras dessa pergunta nunca respondida? Assim também será com tua busca. Meu abraço.

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  5. o eu corpo pequeno também não deseja grandes espaços.
    lindo o teu poema, parabéns pela linda inspiração!

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  6. Confesso que o desfecho não me agradou... Buscar verdades é tão complicado. Mas isso não me impediu de gostar do poema.

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  7. Entrei porque achei o nome curioso. Depois achei curioso não ter conhecido esse canto antes.

    Lindo.

    Quando puder, conheça os meus escritos.
    Beijos
    http://venenosemacas.blogspot.com.br/

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  8. Ótima obra, muito profunda.
    Grande abraço e sucesso!

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  9. Só querer a verdade é querer tudo. E seu poema é mágico...

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  10. Verdades e mentiras = pista de mão dupla.

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  11. Por vezes, procuramos nos outros o que nos falta.
    Excelente poema, gostei muito.
    Bom domingo e boa semana.
    Abraço.

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  12. Estamos sempre procurando respostas para nos preencher.
    Beijos

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  13. O tempo é muito lento, para os que esperam.
    Muito rápido, para os que tem medo.
    Muito longo, para os que lamentam.
    Muito curto, para os que festejam.
    Mas para os que amam, o tempo é eterno.

    Autor Desconhecido

    http://apoesiaestamorrendo.blogspot.com.br/

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