27 de janeiro de 2015

Mero Acaso

Sou a contradição entre a razão e o instinto:
Meu lado animal é fato
Meu lado homem é mito

Meus grandes olhos são armas nucleares
Sou homem de poucas palavras
E muitos olhares

Meu tempo é um sujeito errante
Não me julgues pelo agora
Séculos compõem o meu instante

Eu sou um quebra-cabeça das impressões que causo
E cada impressão traz um equívoco
No fim, eu sou um mero acaso...

Anderson Lopes



12 comentários:

  1. Poema inteligentemente lindo!
    Gostei de ver, Anderson.
    Beijos!

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  2. Olá meu poeta Anderson, impressionante esta definição de poeta, do poeta que és, humildade a tua em em creditar ao acaso este teu dom de poetar, de nos dar em palavras os sentimentos por vezes tão confusos que não conseguimos decifrar, e sendo um homem de razão e instinto, explica muita coisa. A forma de tua poesia, o encanto que ela nos trás, as palavras quase que medidas de razão e sentumento, de poesia, és um quebra-cabeça, mas que toca meu coração quando montado em poesia. Muito bom estares de volta.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  3. Ótima obra, Anderson!
    Forte, profunda!
    Grande abraço, sucesso e grato pela visita!

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  4. Belas imagens e metáfora. Habilidosa construção. Parabéns!

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  5. Voltei, reli, encantei-me de novo...
    Beijo, Anderson...

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  6. Um mero acaso cheio de tantos "séculos" de outros.
    Parabéns pelo encanto das palavras!

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  7. Que bonito , Anderson ! Parabéns ! Beijos

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  8. Incrível o jogo de palavras. Um poema muito inteligente e fluido.

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  9. "Homem de poucas palavras e muitos olhares"...
    Parece-me ser um dos atributos necessários para seres poeta.
    Excelente poema, os meus aplausos.
    Bom resto de semana, caro amigo Anderson.
    Abraço.

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  10. Filhos do acaso...
    E como o Nilson, também deixo aqui os meus aplausos!

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