12 de julho de 2015

De Preto


Vou de preto
Para disfarçar os excessos
Para encobrir os defeitos
Para estar em contraste
Com este dia branco

Vou de preto
Para que toda a sujeira da vida me atinja
E nunca fique evidente
Vou de preto
Porque eu sou transparente

Vou de preto
Para impor respeito
E carrego nos olhos os meus óculos escuros
Para encarar a falsa luminosidade do mundo
Devidamente protegido.

Anderson Lopes

14 comentários:

  1. .visto preto, por dentro e por fora.

    saudade ;)

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  2. Muito bom, Anderson!
    E eu gosto muito de preto, me remete ao bom e velho Rock'n'Roll!
    Grande abraço, sucesso e grato pela visita!

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  3. Atualmente, é preciso proteger-se para olhar o mundo de frente...
    Gosto de todos os seus poemas, Anderson.
    Beijos!

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  4. Excelente poema, Anderson, aliás, como sempre.
    Você vai de preto, e até leva óculos da mesma cor, mas sua alma tem luz, branca, muito branca.
    Beijos!

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  5. O preto contém todas as cores do mundo.

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  6. Ótimo! Preto também me cai bem. Abraços, Anderson.

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  7. Um poema a P&B...
    Que gostei imenso, pois é EXCELENTE.
    Anderson, tenha uma boa semana.
    Abraço.

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  8. "E carrego nos olhos os meus óculos escuros
    Para encarar a falsa luminosidade do mundo
    Devidamente protegido."
    Meu querido amigo e poeta Anderson, preto é ausência de cor, mas é minha cor favorita e é a cor de minha pele também.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  9. Seu poema é iluminado .
    Vá de preto assim , Anderson.
    Parabéns !
    Beijos

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  10. Seu poema é iluminado .
    Vá de preto assim , Anderson.
    Parabéns !
    Beijos

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