20 de março de 2016

Bicho



O bicho no pé do mundo
Deixando o tempo manco
Deixando o tempo coxo
Deixando a vida mocha
Desequilibrando tudo
Desestabilizando todos

O bicho no pé do mundo
O mundo parando aos poucos
Aos poucos o giro cessa

“O bicho não é um cão
O bicho não é um gato
O bicho não é um rato
O bicho, meu Deus, é o homem.”

[Anderson Lopes]


"Aspas: Manuel Bandeira - O Bicho"

8 comentários:

  1. Que poema realista, Anderson. O mundo está manco sim, das duas pernas.
    Grande abraço, muita paz!!!

    ResponderExcluir
  2. que poema atual! o bicho homem é ruim mesmo.

    beijos e boa Páscoa.

    ResponderExcluir
  3. Adorei,
    Somos todos bichos.
    Verdadeiro e intenso.
    beijo

    ResponderExcluir
  4. Oi Anderson


    Gostei muito do teu blog...


    Beijos
    Ani

    ResponderExcluir
  5. Cada vez mais vou chegando a conclusão que o homem é a exceção, o intruso, o calo, o bicho no pé da criação. Onde mete o dedo azeda, estraga tudo. Muito bom esse poema de critica social. Aprecio o estilo. Abraços, Anderson.

    ResponderExcluir
  6. Muito bom, Anderson!
    Resumiu com muita felicidade o papel do "bicho" no mundo...
    Grande abraço, sucesso e ótimo domingo.

    ResponderExcluir
  7. Um poema de antologia.
    EXCELENTE.
    Bom resto de domingo e boa semana, caro amigo Anderson.
    Abraço.

    ResponderExcluir