Diante do que se foi
Encima do que já não há
Abaixo do inalcançável
Ancoro a tristeza
E as inquietações da vida
Farto do mar e suas ondas
Farto de não ter aonde chegar
Em terra firme caminho
Embora hesitante
Não estou seguro da firmeza desta Terra
É frágil a sua estrutura
E forte são os seus destruidores
Mas não penso em voltar para o mar
E o enjoo das oscilações
Distante da tristeza
E das inquietações da vida
Em nada lembro o Marinheiro que fui
Firmo nesta Terra os meus pés
A fim de que eles criem raízes
E me deem a segurança que eu nunca tive no mar...
Anderson Lopes
- Homem ao mar!
ResponderExcluir(Sem escolhas. Pois elas nem existem mesmo...)
Segurança?... Isso existe? Mesmo assim, o poema é lindíssimo.
ResponderExcluirE maravilhoso é pensar que esse mar é uma contemplação do sujeito, um idealismo mais que profundo. É o universal da distância, do mergulhar-se em si, e perder-se navegando, e diminuir-se aos olhos daqueles que já não sabem mais sonhar.
ResponderExcluirna terra a gente também se afoga.
ResponderExcluirTodo Marinheiro
ResponderExcluirquer um porto.
Bela poesia.
Essa poesia sou eu atualmente.
ResponderExcluirGostei muito.
Caro Poeta Anderson, primeiro quero dizer que amo esta menina chamada Anaís, ela me deu um toque sobre um blog de poesias geniais, era o teu e eu já conhecia...Eu e Anaís temos uma sintonia rsrsrs...
ResponderExcluirQuerido Anderson, amaveis palavras deixaste em meu bloguinho, te agradeço.
Já dizia o poeta "navegar é preciso..." e minha vida continua, não sei se piso em terra firme ou em meus devaneios e delírios no alto mar dos meus sonhos, quando estou dormindo acordado. É tão belo este poema, tão profundo quanto o mar e tão claro quanto um dia de sol...viver é uma incógnita, nunca sei se estou me afogando ou caminhando em terra firma, embora às vezes sinta areia movediça nos meus pés.
ps. Meu carinho meu respeito meu abraço
Uma leveza em ondas escritas na areia de nossos pés...
ResponderExcluirMaravilhosas palavras de um Homem, com H grande.
Gostei demais de teu poema. Parabéns, Anderson!
ResponderExcluirBelo poema, bela analogia... Gostei muito, Anderson.Trocar a instabilidade do mar pela estabilidade da terra firme.
ResponderExcluirBeijos, querido e ótimo domingo.
nunca a terra é firme
ResponderExcluire nunca o mar é instável
beijo
Maravilhoso o teu poema, me identifiquei bastante com algumas coisas que vivi no passado.
ResponderExcluirJá vivi isto num passado não muito distante...
ResponderExcluirLindo sem duvida.
VerMent, escolhas são ilusões?
ResponderExcluirAna Bailune,a segurança, como a felicidade, é um estado de espírito.
Dom Malquisto, o Magnânimo, tão profundo como o mar é o teu comentário, velho! Obrigado.
Aline Zouvi, pisamos em areia movediça.
Jéssica do Vale, ancoraremos. Obrigado
anaís, espero que encontre o seu porto. Valeu!
jair machado rodrigues, Valeu, velho, pelas palavras. Abraço
PauloSilva, "na areia de nossos pés"... bonito isso.
Dolce Vita, Obrigado!
Parole, essa é uma troca difícil mas justa. Valeu!
LauraAlberto, é isso que nos confude. Outro beijo!
Antônio LaCarne, valeu cara!
Abraça o Tempo, que bom que você já superou essa fase de mudança.
brother,já to interessado em saber se vc não quer participar de um lance que faço lá no meu blog: Imagem & Poesia...te forneço uma imagem e vc escreve oque quiser sobre ela e depois postamos juntos!
ResponderExcluire no fim de ano,nos meus 47,faço uma exposição aqui em sampa..
pensa ai...
A segurança que buscamos porque precisamos...
ResponderExcluirBeijos e bom fim de semana!