4 de setembro de 2012
Aos Olhos do Grande Centro
Espreitam-me os olhos da rua
Pupilas dilatadas
Pesa-me o seu olhar
Constrange-me
Mas não me paralisa
E eu sigo
Despido pelo grande centro
Esquinas, avenidas, viadutos me atravessam
Os carros atropelam a visão “feliz de cidade”
E os meus olhos se lançam suicidas do alto dos prédios sem fim
Os arranha-céus sangrando as nuvens
Os Homens Máquinas sem controle
Os Anti Homens Máquinas sem uso
E eu
Compomos a paisagem que dilata os olhos da rua
Mas a minha alma a rua não enxerga
O grande centro não me despe por completo
E eu sigo embalagem
Prejulgado
Mas com a alma intacta...
“E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso...”
[Anderson Lopes]
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Meus aplausos! Simplesmente, maravilhoso. Adorei... o retrato da gente dentro da cidade.
ResponderExcluirGostei dos 'olhos suicidas'. :)
ResponderExcluirê, paulicéia desvairada. relação de amor e ódio.
a cidade que nos olha e não nos reconhece, tantas vezes vejo assim a minha
ResponderExcluirbeijinho
... e andamos intactos para o mundo quando queremos ou precisamos... preservação,a palavra.
ResponderExcluirBjos
Adorei seu blog, achei tudo muito lindo e interessante, espero que sua semana seja maravilhosa, cheia de amor e alegrias!
ResponderExcluirFicaria muito feliz se você visitasse meu blog e seguisse também.
Beijos
Ani
http://cristalssp.blogspot.com.br
Amei este!
ResponderExcluirSabe? "E foste um difícil começo" diz tudo sobre este poema!!
ResponderExcluirSinto a caracterização de um olhar, um olhar que ama, estarei enganada??
Que saudades já eu tinha das suas visitas!!
Beijinhos,
Pensando com Arte.
Belíssima a sua poesia, Anderson.
ResponderExcluirÉ sempre muito bom conhecer um novo poeta...
Um grande abraço!
Muito bom !
ResponderExcluirAcabei de conhecê-lo no blog do Ricardo .
Coloquei um comentário dirigido a vocês dois .
Começo a segui-lo , poeta .
Beijos