11 de julho de 2013

Bruna


Quanta dor há naquela menina
Tão nova ainda
E a tristeza já fez morada
A vida pesa
Naquelas mãos delicadas

Amores já viveu
Com a experiência de mulher já feita
Amores já perdeu
Já derramou prantos de viúva aflita
A pele muito jovem
Reveste a alma envelhecida

E quanta alma há naquela menina
Transborda em seu corpo
Como o mar que a praia invade
E arranca o cais em noite de tempestade
Com a mesma força que tem a saudade
Em seu peito ainda em formação.

Anderson Lopes

15 comentários:

  1. venho acompanhando seus trabalhos e sei la...parece que voce realmente tomou gosto pela coisa rs! fico imaginando como se chega em um resultado tao profundo e belo como este em Bruna

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  2. Posso dizer que todo mundo tem um lado "BRUNA" as vezes....

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  3. Fiquei confuso se é uma menina ou uma mulher.

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  4. Cada coisa no seu momento. Querer viver todas as sensações e situações da vida rápido demais acaba nos corrompendo.

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  5. A vida às vezes "se derrama" assim. Sem nos perguntar se estamos preparados.

    Há tantas Brunas...

    belo poema, aquele abraço!

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  6. Querido poeta tua sensibilidade consegue ir além do amor homem mulher, fala do amor ao humano, das dores que poderemos ou não carregar. Entendo Bruna como as crianças vitimizadas neste país, as meninas sendo mulheres cada vez mais cedo e os meninos, perdendo a infância, para resgatá-la depois, bem mais tarde (divaguei um pouco querido amigo, mas tua poesia, tuas palavras, são afiadas e afinadas com meu tempo).
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  7. Dor, tristeza e solidão deveriam ser remediáveis.

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  8. Pq tais pesares não têm idade.
    Vagam por aí, em busca de abrigo, que, por vzs, encontram...

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  9. Alma velha, existe por ai milhares.
    Você escreve perfeitamente,adorei.

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  10. Poesia profunda, de puro conhecimento e realidade.
    Num corpo pequeno e novo, reside a alma antiga de idade e conhecimento adulto. Por alguns.
    Abraço.

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  11. "E quanta alma há naquela menina"... Lindo demais!!!!
    Você escreve de um jeito muito bonito, moço!
    Abraços!

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  12. A dor acompanha-nos sempre, ainda que mais ou menos relativizada.
    Magnífico poema.
    Um abraço, caro amigo.

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  13. Simplesmente tenho saudades*
    Pensando com arte.

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  14. a gente se apaixona já em tenra idade, e tem que lidar com decepções muito cedo. normal ;_;
    »»» Emilie Escreve

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